terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Viagem de MotorHome - Paris a Edimburgo! E a saga continua!

E como eu ia falando, a viagem continua. Saímos de Amsterdã rumo ao litoral da França para atravessarmos o Canal da Mancha. Como a distancia é muito grande, mais uma vez, com o GPS mal programado, fomos parar em Bredene, uma praia no litoral da Bélgica. Foi muito louco, porque naquela região as pessoas falam Flamenco e a comunicação ficou feia. Pra variar chegamos muito tarde e o Camping que queríamos ficar estava fechado pois já passava das 9:30 da noite. Depois de perambular pelo litoral da cidade tentando achar alguém que falasse francês, finalmente fomos salvos por uma senhorinha que era dona de um camping em Bredene. Estava ventando muito a noite, mas acabamos passando a noite numa boa! No dia seguinte foi a maior surpresa! Nós estávamos bem próximos da praia, que era muito grande, com dunas imensas. Mas o mais curioso é que estava acontecendo um encontro de pessoas que curtiam o estilo Western. Todo mundo vestido a caráter. Muito cowboy, mulheres com vestidos de época. Todos reunidos para uma grande celebração. Um baile ao ar livre só com música country. Muito bacana mesmo! Muitas barraquinhas com comidas típicas e a festa rolou o dia todo. Muito diferente, mas bem bacana! Jamais poderia imaginar encontrar um tipo de evento desses no litoral da Bélgica. Por falar nisso, depois descobri que esta praia em Bredene era de nudismo. Mas já havíamos ido embora. Não deu nem pra aproveitar e botar o corpinho ao vento!
No final de nossa estadia em Bredene saímos já no meio da tarde em direção ao  litoral Francês, mais precisamente o porto de Calais para fazermos a travessia do Canal da Mancha. Tudo muito lindo! Mas a inexperiência de nossos primeiros viajantes, no afã de seguir viagem, deixássemos pra traz o nosso adaptar para conexão de nosso cabo de energia. Parece bobeira, mas vocês não tem ideia da dor de cabeça que isso pode causar. Mas isso nós só fomos nos dar conta quando chegamos no Camping seguinte. Antes disso, no caminho resolvemos passar por Brugge, a Veneza Belga. Uma cidade que é um encanto! Cortada por canais é realmente muito charmosa. Apesar que um tanto quanto turística pro meu gosto. Muita loja de souvenir! Eu particularmente odeio! Acaba comprometendo o encantamento pela cidade. De qualquer forma vale muito a pena conhecer. Eu espero um dia poder voltar a Brugge e passar uns dois ou três dias pra sentir melhor o clima do lugar. Bem depois de nossa parada, continuamos nossa viagem. Já bem no final da tarde, início da noite chegamos a um camping bem simpático, próximo ao porto de Calais. E foi aí a nossa surpresa! Ao pegar o cabo para ligar a energia ao carro, notamos que havíamos esquecido no poste do camping de Bredene. Resultado: tive que interromper o jantar do gerente do estabelecimento pra pedir um adaptador emprestado. Já que eu era o único que falava francês me foi dada esta incumbência. Pra falar a verdade eu não via a hora de chegar do outro lado do canal pra acabar com essa minha responsabilidade de ter resolver tudo. 
E finalmente chegou o dia de nossa travessia! Não foi difícil chegar até o porto já que tínhamos passado a noite anterior em um camping nos arredores. O lugar onde se pega os Ferryboats que fazem a travessia é impressionante! Muito grande e o movimento é intenso o dia todo. Depois de comprarmos os nossos bilhetes tivemos que passar na imigração Inglesa. Um saco como sempre! Eles adoram gente de fora, principalmente brasileiros. Ainda mais seis marmanjos juntos em um Motorhome. Antes de nossa entrevista eu perdi os bilhetes e quase tive um troço! Logo eu que era aquele tipo Mãezona que fica controlando tudo. Ainda bem que achamos embaixo do pé de um gringo que também estava na fila. Alívio! Quando chegou a nossa hora de passar pelos agentes da imigração foi bem engraçado, pois eles estavam achando que nós éramos uma banda. Não sei porque, mas acharam. A sorte é que nós tínhamos uma carta convite do Festival de Edimburgo e isso foi nosso salvo conduto. Finalmente entramos com o nosso carro num dos andares de estacionamento do barco. Uma loucura! Se não me engano eram mais de sete andares. Tudo bem. Depois de estacionar o nosso carro pegamos um elevador que nos levava a área de convivência do barco. Enorme! Com restaurante, salão de jogos, Freeshop e um monte de outros espaços pra juntar aquela gente toda. Inclusive nós: os Brasileiros!

A travessia durou mais ou menos uma hora e meia. O mar estava calmo e até que o barco não balançou muito. Nós aproveitamos pra almoçar durante a viagem no restaurante que era enorme mas com pouca variedade de coisas boas. Eu não sei o que o Ingleses acham do tal peixe com fritas. Tudo bem que é o prato mais tradicional deles, mas vamos combinar, um porcaria. Eu como não como frituras, me vi num mato sem cachorro pra encontrar algo interessante pra comer. No final acabei com o tradicional macarrão que não tem erro. Olha que eu não sou chato pra comer. Pelo contrário, mas a culinária do Reino Unido é qualquer coisa. Deus me livre. Voltei até um pouco mais magro desta viagem. Chegamos em Dover e a preocupação maior agora era a mão inglesa. Tudo era invertido na hora de dirigir. Ainda bem que eu não estava com esta responsabilidade. A saída do porto pra pegar a estrada foi um pouco preocupante mas deu tudo certo. Pegamos a estrada e fomos direto pra Londres. Tínhamos uma reunião com um diretor Brasileiro que mora lá no dia seguinte. A viagem até Londres não oferecia nada de interessante, já que pegamos uma auto estrada sem grandes emoções. 

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